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sábado, 30 de agosto de 2014

Evangélica, Marina Silva Candidata a Presidente Do Brasil Defende Que Casamento Civil Gay Vire Lei (Assista)

A Evangélica Marina Silva que está na corrida presidencial pelo PSB, nesta sexta-feira(29) lançou o programa de governo do partido, onde no mesmo, a presidenciável entre os programas defende que o casamento civil gay venha a se tornar lei no país.

Na cerimônia de lançamento do programa de governo, em seu discurso, a ex-senadora apresentou seu desempenho nas eleições de 2010 e a comoção com a morte de Eduardo Campos como expressões do mesmo movimento que resultou nos protestos de junho de 2013 no País.

“A sociedade brasileira é que está fazendo a mudança. A sociedade mandou um sinal. Em 2010, a sociedade me deu 20 milhões de votos. Depois vieram as manifestações de junho [de 2013]. Agora uma liderança morre e a sociedade descobre depois… é há uma comoção nacional”, disse Marina.

Entre outros pontos, o programa de Marina defende que o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo se torne uma lei na Constituição, a unificação do calendário geral das eleições, o fim da reeleição e a adoção do mandato de cinco anos.

Em 2010, ano em que disputou pela primeira vez a Presidência, Marina afirmou que, na opinião dela, o casamento é um “sacramento” e que aceitar a união entre pessoas do mesmo sexo ira contra sua convicções religiosas. Apesar disso, naocasião, ela se disse a favor da “união de bens” entre homossexuais.

Dizendo: “Eu defendo os direitos civis da comunidade gay assim como eu tenho direito.Eu tenho direito de ter um plano de saúde com o meu companheiro. Na herança, às vezes as pessoas se dedicam a vida toda para conseguir um patrimônio e quando morre o companheiro lá vai a família tomando tudo. Isso é injusto”,-Comentou Marina na campanha presidencial de 2010.

Ela prevê uma menor presença do Estado na economia e defende que o casamento gay vire lei. Confira, a seguir, os principais pontos do texto.

Economia
O programa de Marina reforça a importância de “recuperar o tripé macroeconômico” (câmbio flutuante, meta de inflação e disciplina fiscal). Marina é a favor de dar autonomia legal ao Banco Central, mas defende diminuir a intervenção do BC sobre a taxa de câmbio, salvo quando necessário “eliminar excessos pontuais de volatilidade”. O projeto também prevê “estabelecer metas críveis” de inflação e criar um cronograma para levá-la ao centro da meta atual, de 4,5% ao ano. Também prevê a criação do Conselho de Responsabilidade Fiscal, órgão independente, para fiscalizar gastos públicos e metas fiscais.

Reforma Política
A candidata propõe o fim da reeleição e a criação de um mandato de cinco anos. Ela defende mudar o sistema eleitoral, para que os candidatos a cargos proporcionais mais votados sejam os eleitos. Ela pretende ainda unificar o calendário das eleições, e propõe mudanças na distribuição do tempo de propaganda eleitoral gratuita entre os partidos.

Ambiente
O texto propõe ampliar para 40% a área de florestas plantadas e zerar a perda de cobertura florestal no Brasil. Também sugere a criação de dois novos órgãos: o Conselho Nacional de Mudanças Climáticas e a Agência de Clima. Ela ainda defende que órgãos públicos cumpram metas de redução da emissão de gases de efeito estufa, e propõe que servidores passem por cursos de educação ambiental. Marina ainda propõe dar incentivos para que o setor agrícola promova a “agricultura de baixo carbono” e desenvolver um programa de compensação financeira em troca de serviços de preservação ambiental.

Funcionalismo público
A presidenciável defende priorizar a indicação de funcionários concursados para cargos de confiança. Ela também quer criar planos de carreira vinculados à produtividade dos servidores públicos.

Reforma agrária
O projeto se compromete, entre outros pontos, a acelerar a desapropriação de terrenos improdutivos e assentar 85 mil famílias que aguardam lotes fundiários.

Reforma tributária
A presidenciável fala em promover uma reforma tributária “paulatina” que, entre outras medidas, pretende ampliar o repasse de recursos da União a Estados e municípios. A proposta destaca simplificar impostos, contribuições e procedimentos das empresas, e vincula a redução de tributos ao “rigoroso fator de indução a investimentos em atividades de baixa emissão de carbono e uso sustentável de recursos naturais”. A candidata também quer uma nova partilha das receitas totais entre as três esferas de governo. Ela promete aumentar de 23,5% para 25,5% o repasse da União para o Fundo de Participação dos Municípios -desde que as prefeituras se comprometam a investir em transporte público e reduzir tarifas.

Energia
A candidata destaca como meta ampliar a participação da energia solar na matriz energética brasileira -e prevê que, até 2018, o Brasil tenha 3 milhões de casas com aquecimento solar de água. Ela propõe ainda investir em pesquisas para aumentar o aproveitamento da energia contida no lixo. O projeto propõe construir 1 milhão de casas com sistemas de autogeração de energia a partir de painéis solares. A presidenciável pretende criar o Programa Nacional de Economia Energética em conjuntos habitacionais, oferecendo alternativas de iluminação de baixo impacto ambiental e energético.

Agricultura
Marina propõe a criação de um seguro rural, diferente do que já existe (que engloba catástrofes climáticas), para proteger o setor dos “riscos de mercado”. A política de crédito atual seria mantida e os limites para financiamento, ampliados “no volume necessário”. Ela propõe “enxugar” e unificar o número de pastas e órgãos federais responsáveis pelo setor agrícola, fundiário, florestal e de pesca no país -ampliando os poderes do Ministério da Agricultura. Também promete mais verba ao Pronaf (Programa Nacional de Agricultura Familiar) e investimentos em infraestrutura para logística. Outra proposta é a ampliação em esforços bilaterais do Brasil, independente do Mercosul, com países importantes e blocos comerciais, como a União Europeia, para aumentar o comércio de alimentos.

Educação
A candidata defende acelerar o Plano Nacional de Educação, que prevê destinar 10% do PIB à educação, e ampliar os recursos destinados ao Fundeb (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica). Outra meta é estabelecer o ensino integral para a educação básica. Marina também propõe a universalização da educação infantil entre crianças de 4 e 5 anos. O projeto defende que todas as escolas tenham acesso a “internet veloz e estável” até 2018. E quer implementar a Rede Nacional de Inovação Educacional e a Prova Nacional para Docentes (de caráter optativo). A presidenciável também propõe que o Fundo Setorial do Petróleo volte a ser alocado no FNDCT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), como era até 2012. Também propõe medidas para ampliar o acesso ao Ensino Superior.

Cultura
O programa propõe aumentar o orçamento do Ministério da Cultura já no primeiro ano de governo. Ela também defende a criação de um instituto para mensurar o “PIB da cultura” e quer parcerias para que colecionadores privados mantenham acervos no Brasil. Propõe ainda reestruturar a Ancine (Agência Nacional do Cinema) e rediscutir os critérios para o financiamento público de filmes nacionais. Marina promete criar um programa para reduzir os custos dos livros no país.

Mulheres
Sobre o tema aborto, Marina defende “consolidar no SUS os serviços “de interrupção da gravidez”, mas seguindo a legislação atual -no Brasil, o aborto é crime, exceto em casos de estupro, risco de vida da mãe e quando o feto é anencéfalo (sem cérebro). A candidata propõe que o Ministério do Trabalho aumente a fiscalização de empresas para prevenir a discriminação contra mulheres e garantir a equiparação de salários. O programa também prevê a distribuição, nas escolas, de material didático para debater a igualdade entre homens e mulheres. Promete criar ainda, nos municípios, núcleos de serviços de atendimento jurídico -com defensorias públicas, promotorias e varas especializadas– para atender vítimas de violência, e incentivar a ampliação das delegacias de atendimento especializadas.

Ciência, Tecnologia e Inovação
A candidata propõe ampliar os investimentos públicos e estimular empresas a investir em pesquisa e desenvolvimento para que, nos próximos anos, o valor atinja cerca de 2% do PIB. Marina pretende estimular a criação de ambientes de inovação e reexaminar a Lei de Inovação. A candidata promete transformar a conexão à internet em serviço essencial no país. Marina pretende criar um setor de democracia digital ligado à Presidência.

Políticas sociais
Se eleita, a candidata vai transformar o Bolsa Família em política pública de Estado – o objetivo é atingir 10 milhões de famílias. A candidata promete criar uma terceira geração de programas sociais que assegurem a igualdade de oportunidades e o acesso a serviços públicos de qualidade. A presidenciável pretende estimular parcerias público-privadas para estruturar e executar programas sociais integrados.

Saúde
Marina pretende implementar, ao longo de quatro anos, projeto de lei que vincula 10% da receita corrente bruta da União ao financiamento das ações de saúde. A candidata promete construir 100 hospitais voltados para o atendimento regional. A presidenciável ainda pretende construir 50 maternidades e criar em cada uma das 435 regiões de Saúde uma policlínica regional para atendimento de média complexidade.

Habitação

A candidata propôs construir mais 4 milhões de moradias pelo programa Minha Casa Minha Vida até 2018. Também propõe criar programa de urbanização e regularização fundiária dos imóveis ocupados pela população de baixa renda.

Saneamento
Marina propõe implementar política de universalização dos serviços de saneamento e fazer parcerias público-privadas (PPPs) para acelerar a realização dos serviços. Uma das metas de Marina é implementar a coleta seletiva em 100% dos municípios brasileiros e reciclar 10% do lixo domiciliar coletado.

Mobilidade urbana
A candidata do PSB vai implantar programa a Estados e municípios para que construam, em quatro anos, um total de no mínimo mil quilômetros de vias para veículos leves sobre trilhos (VLTs) e de corredores de ônibus integrados (BRT) em todas as cidades brasileiras com mais de 200 mil habitantes. A candidata pretende expandir as malhas metroviária e ferroviária em 150 quilômetros ao longo de quatro anos.

Regiões metropolitanas
A candidata também propõe incentivar a criação de agências locais de desenvolvimento da região metropolitana e criar um órgão executivo federal, com dotação orçamentária própria, para repassar recursos às unidades metropolitanas. A candidata pretende estimular com desoneração tributária e concessão de crédito, projetos que contribuam para transferir, gradativamente, polos geradores de empregos dos centros para as periferias. Marina vai apoiar a aprovação do Estatuto da Metrópole no Congresso.

Segurança pública
Se eleita, a candidata do PSB vai implementar o Plano Nacional de Redução de Homicídios e construir um Pacto Federativo na área de Segurança Pública, definindo as competências da União, dos Estados e dos municípios. A candidata vai reforçar a dotação do Fundo Nacional de Segurança Pública, colocando a meta de multiplicar por dez a dotação orçamentária de 2013. Marina pretende ampliar o efetivo da Polícia Federal em 50% ao longo de quatro anos e atribuir à instituição a responsabilidade pelo policiamento das nossas fronteiras, ao lado das Forças Armadas.

Direitos Humanos
A candidata quer incentivar a criação de banco de dados com indicadores sociais e econômicos sobre a situação dos direitos humanos nos Estados para viabilizar políticas públicas específicas para os grupos vulneráveis. Marina propõe ampliar o Peti (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil) e vai propor nova redação para o artigo 149 do Código Penal, de modo a tipificar de forma mais precisa o crime de submeter alguém à condição análoga à de escravo. A candidata vai regulamentar o confisco de todo e qualquer bem de valor econômico encontrado nas propriedades que sejam flagradas utilizando trabalho escravo e verificar a possibilidade de usar o imóvel na reforma agrária ou em programas sociais.

LGBT
A candidata afirma ainda que vai apoiar propostas em defesa do casamento civil igualitário, com vistas à aprovação de projetos e da emenda constitucional em tramitação, que garantem o direito ao casamento igualitário na Constituição e no Código Civil. A candidata vai acelerar no Legislativo a votação do PLC 122/06, que criminaliza a homofobia. Ela se compromete a agilizar a aprovação da Lei da Identidade de Gênero Brasileira, que regulamenta o direito ao reconhecimento da identidade de gênero das “pessoas trans”. Marina pretende também agilizar a adoção de crianças por casais homoafetivos e promete incluir o combate ao bullying, à homofobia e ao preconceito no Plano Nacional de Educação.

Pessoas com deficiência

Marina pretende capacitar trabalhadores que atendem ao público para lidar com pessoas com deficiência intelectual, inclusive aquelas com dificuldades de comunicação. A candidata vai fiscalizar o cumprimento efetivo da Lei de Cotas nas empresas e oferecer programas de qualificação profissional para os candidatos às vagas inclusivas das empresas. A presidenciável vai realizar concursos públicos adaptados, visando à inserção no mercado de trabalho de pessoas com deficiência intelectual que comprovem aptidões e potencialidades. Marina pretende fortalecer e multiplicar os centros de reabilitação e reservar uma parte do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Fumcad) para projetos que beneficiem pessoas com deficiência. Marina vai instituir nos programas de isenção fiscal a obrigatoriedade de que 10% do valor do patrocínio a eventos culturais e esportivos seja destinado a ações inclusivas voltadas a pessoas com deficiência.

Fonte:Inforgospel - Com informações: Folha/UOL -iG.com.br/Politica e Jornal Nacional



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