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terça-feira, 26 de agosto de 2014

Evangélico, Wellington Camargo (Irmão De Zezé Di Camargo & Luciano) Volta Pela Primeira Vez Ao Cativeiro Em Que Ficou 96 Dias (Assista)

No Domingo Show deste domingo (24), Geraldo Luís levou Wellington Camargo de volta, pela primeira vez, ao cativeiro em que permaneceu preso durante três meses e seis dias em 1998. Enquanto andava pelo local, o irmão de Zezé Di Camargo & Luciano reconheceu a fachada e a casa em que foi deixado pelos sequestrados. 

Irmão de Zezé Di Camargo e Luciano, Wellington é paraplégico e foi sequestrado por dois homens dentro de casa no dia 16 de dezembro de 1998, em Goiânia. No Domingo Show, Wellington voltou pela primeira vez ao cativeiro onde ficou por 96 dias e fez revelações sobre o drama vivido há 15 anos.

Sem medo, Wellington Camargo foi dirigindo de sua casa até o temido local que marcou sua vida.

— Nesse estrada, eu passei de olhos vendados sem saber para onde estava indo.

Logo ao chegar nos arredores do cativeiro, o irmão de Zezé Di Camargo & Luciano contou suas primeiras impressões sobre o local.

— Eu não tinha voltado aqui mais e hoje dá uma sensação ruim na gente. Porém, eu queria mostrar para o Brasil que o Wellington Camargo não é apenas uma vítima de violência. É uma pessoa que superou os problemas e está divulgando o Evangelho.

Antes de chegar a chácara, Wellington continuou afirmando que não reconhecia o local.

— Eu não reconheço nada porque saí de olhos vendados. Só sei que estava numa chácara e não conheço onde é também. Eu saí de olhos vendados à noite e não vi nada. Eu só ouvi partida de futebol e apito. Nada aqui é familiar.

Porém, ao chegar na frente da chácara, o músico começou a ter algumas recordações.

— Agora eu lembro. Eu voltei aqui com a polícia na época. A fachada não mudou nada. Quase sem dias aqui e a sensação é muito ruim. Eu vivi os piores momentos da minha vida aqui.

Geraldo Luís ainda deu a opção do músico não entrar na casa, mas Wellington foi firma na decisão de voltar ao local e prosseguiu rumo a casa.

A casa em que Wellington ficou escondido está muito diferente da época.

— Ali era o local do cativeiro [à esquerda da foto]. Dá para ver que hoje fizeram um puxadinho, mas eu fiquei ali.

Wellington Camargo, acompanhado de Geraldo Luís, comentava os detalhes do local no passado.
— Essa era a casa grande que eles ficavam e faziam churrasco direto. Eles faziam todo final de semana. Eu ouvia risada, música e conversa de muita gente

Nas festividades de final de ano, Wellington ficou trancafiado no quarto.

— Eu ouvi muitos fogos de artifício. No Natal, chorei bastante porque não estava com a minha família e bateu um desespero de lembrar do meu filho. Na época do reveillon, eles fizeram festa e estouraram champanhe.

Geraldo Luís e Wellington foram para dentro da casa.

— Foi exatamente nesse lugar aqui que fiquei. Não tinha esse tanque, hoje deve ter alguém morando. Realmente, dá uma sensação muito ruim.

O local do cativeiro hoje se transformou numa simples moradia.

— Não tinha piso e era chão batido. Lembro que até me feri tentando ir ao banheiro.

Dentro da casa, o irmão de Zezé Di Camargo percebeu que o telhado está diferente.

— Você percebe que o telhado também mudou. Antes, era um telhado de zinco!

Wellington ficou visivelmente emocionado ao entrar no quarto aonde foi feito refém.

— Era aqui [apontando para a cama]. Tenho certeza absoluta. Era um calor muito grande. O chão era batido, não tinha esse piso.

E continuou explicando...

— Essa janela aqui chegou a ficar aberta algumas vezes porque eles não sabiam que eu não podia fugir.

O irmão de Zezé Di Camargo & Luciano relatou detalhadamente os dias de terror.

— Muitas vezes, eu encostei minha cabeça nessa parede. Aqui cheguei a ficar 18 horas virado para a parede enquanto eles jogavam cartas no chão. Sabe, dá até uma coisa ruim. Quantas vezes escutei essa porta fazendo barulho. É a mesma porta com que me trancaram.

Geraldo Luís colocou Wellington pra cima dizendo que ele é um vencedor.

— Graças a Deus, Jesus te salvou e hoje você leva a palavra de Deus. Você é um sobrevivente da sua fé e do amor de Cristo que te salvou. Acho que é um orgulho você vir num local que aqui poderia ter sido decretado a sua morte. É um local de dor e você ter essa superação de voltar vivo e contar sua história.

A história da mutilação ainda machuca o filho de seu Francisco.

— Foi aqui no chão perto da cama de solteiro. Foi bem próximo de onde está este cômodo. Eles falaram para sentar no chão, entrou um deles pela porta com a faca e começou a cortar. Foi onde aconteceu o sobrenatural e muita gente não acredita. Eu vi três anjos do meu lado esquerdo, bem onde está este guarda- roupa. Nunca imaginei poder voltar do jeito que estou voltando.

Próximo da saída, Wellington Camargo relatou que sabe como foram os arranhões da porta.

— As pessoas, às vezes, não tem noção, mas eu me lembro de cada amassadinho disso aqui [apontando para o amassado da porta]. Essa porta é a mesma. O barulho do fechar e abrir me atormentava e meu coração disparava. Toda vez que abriam a porta, meu coração disparava. Pra ser achado aqui, era só Deus mesmo.

Enquanto estava saindo da casa, o músico descobriu um novo cômodo.

— Esse cômodo não existia. Era só aquele lá [quarto] e esse aqui [sala]. Tinha uma mesinha com rádio e televisão para eles verem as notícias. Me lembro que uma vez falaram para vir à sala para assistir a uma entrevista dos meus irmãos.

Enquanto Geraldo Luís dizia para Wellington que a vida é feita de surpresas e milagres, Donizeti, o homem que o resgatou, reencontrou o músico.

— Eu estava indo buscar minha mãe na chácara e passei na beira da estrada e vi ele acenando. Voltei com a moto, peguei ele, coloquei na moto e deixei o meu irmão na rua. O Wellington disse que nunca havia andado de moto e falei para ele que não iria cair.

Donizeti destacou que sua intenção era realmente ajudar o irmão de Zezé.

— Ele pediu para ir ao telefone mais próximo para ligar para os irmãos, mas falei que o levaria na delegacia, porque era menos problema pra mim. Ele montou, andamos uns 200 m, voltei para colocar o capacete nele e o deixei na delegacia. Ele disse que eu seria bem recompensado, mas disse que não precisava.

Wellington Camargo destacou a importância do amigo no dia que foi abandonado na estrada.

— Eu tenho o Donizeti como uma pessoa muito humana. Ele não se preocupou nem com o irmão dele e com ele. Não cabiam três na moto e pediu para o irmão ficar que iria me levar. Ele fez sem pensar em nada. Naquele dia muitas pessoas passaram, chegaram a frear para olhar, mas não pararam. O Donizeti parou e me perguntou se eu era o Wellington Camargo e me pediu para montar na moto.

Fonte: Entretenimento.r7 -
Via: Variedades Gospel Veras



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