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domingo, 30 de agosto de 2015

Ex-Mendigo Vira Missionário e Cria Projeto Social

José Eduardo da Silva é mais dos brasileiros que, por causa do vício das drogas, decidiu se afastar da família e fazer das ruas o seu lar. Seu primeiro contato com este mundo obscuro foi aos 17 anos, por influência de amigos.

Aos 26, ele saiu de casa, deixando para trás a esposa e a filha, e tornou-se morador das praças de Porto Alegre. “Queria liberdade, consumir sem culpa”, lembra ele.

Eduardo, como gosta de ser chamado pelos amigos, chegou a consumir 25 pedras de crack por dia. “Há uns dois anos, eu era magro, cabeludo, andava de pés descalços, com a roupa rasgada, toda suja de fezes e urina, e tinha mais ou menos um centímetro de lodo no corpo. Ninguém aguentava ficar perto de mim, nem mesmo os outros mendigos”, conta.

Através de um projeto social de uma igreja, ele conheceu o evangelho. “Vi que eles estavam dando comida para os moradores de rua. Peguei meu prato de sopa e comecei a prestar atenção no que o pastor dizia. Aquilo tudo fez sentido para mim, me identifiquei e pedi ajuda na igreja”, afirmou.

Hoje, com 30 anos, convertido e totalmente liberto da dependência química, ele trabalha para tirar outras pessoas do vício e para ajudar quem vive em situação de calamidade. “O mendigo é invisível na sociedade. As pessoas passam e não enxergam um ser humano. Por já ter sido como eles, sei do quanto eles precisam de atenção”, disse.

Recentemente, Eduardo, que agora é missionário, criou o projeto Missões e Evangelismo Valentes de Davi. Com a ajuda de igrejas locais, ele entrega 20 marmitas por dia. Depois de distribuir os alimentos, ele conversa com os moradores de rua e ora com eles. “O meu maior desejo é poder entregar 200 pratos de comida por dia!”, afirmou.

Eduardo também faz doação de roupas e lanches para crianças carentes. “Resolvi ajudar também crianças em situação de extrema miséria, justamente por serem o futuro da humanidade. Quando forem mais velhas, vão lembrar de um gesto de carinho que receberam no passado, e isso pode mudar o rumo das suas vidas”, declarou.

Apesar de ajudar muitas pessoas, o ex-mendigo conta que volta para casa, muitas vezes, com o coração apertado. “A pior coisa é quando eu estou entregando a última marmita e aparece mais um morador de rua para comer. Me dá vontade de chorar por não ter mais um prato para oferecer”, relatou.

Fonte: iGospel - Com Informações: Clic RBS

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