Em um dos 17 anexos da proposta de delação, Eike relata que o então governador Sérgio Cabral pediu que o empresário doasse 1 milhão de reais para a campanha de reeleição de Eduardo Paes, o candidato apoiado por ele.
Ainda de acordo com a delação, Paes exigiu que o repasse fosse feito por caixa 2. O montante seria entregue a Crivella, que desistiria de concorrer ao Executivo municipal naquele ano.De fato, o então senador não foi candidato, e Paes saiu vitorioso sobre Marcelo Freixo.
No final da tarde, Marcelo Crivella publicou um vídeo nas redes sociais onde nega a informação, dizendo que o motivo pelo qual não disputou o pleito em 2012 é por que estava como ministro da pesca. Classificando as informações de “bobagem”, “infâmia, injúria e calúnia”. Pediu que seus apoiadores se concentrassem em ajudá-lo a tirar o Rio de Janeiro da crise.
Não é a primeira vez que o nome do atual prefeito carioca tem seu nome ventilado em delações premiadas. No ano passado, o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, em sua delação apontou o bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus como beneficiário de um esquema na Petrobrás.
O material que chegou ao Ministério Público Federal dá conta que Crivella (PRB) procurou a ex-diretora de Óleo e Gás da Petrobras Graça Foster em 2010 para pedir ajuda financeira.
O dinheiro seria para a campanha dele ao Senado, e Graça encaminhou a questão a Renato Duque. Ficou decidido que João Vaccari, tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) na ocasião, acionaria Carlos Cortegoso dono das gráficas Focal e CRLS, as mesmas citadas nas ações do TSE contra a chapa de Dilma e Temer.
Foram impressas 100 mil placas para a campanha de Crivella ao Senado, um gasto estimado em R$ 12 milhões, que teriam sido descontados da propina da Petrobras.
Crivella negou se beneficiar com dinheiro de caixa dois da Petrobras e afirma nunca ter tido envolvimento com Duque e Cortegoso.
Fonte: Gospel Prime
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